18 de dez. de 2009

dream on

não sei quem se atreve a ler isso palavras desconexas pensamentos fúteis inúteis coisas que jamais saberia explicar em palavras um sentimento de nostalgia pessimamente organizado uma angústia dói o peito das coisas feitas arrependidas das coisas não feitas sonhos não realizados pessoas vêem e vão da minha vida ilesamente e fico estática com um rombo no peito e a cabeça cheia de vazios cheia de vãos ocos doloridos lembranças fotos bilhetes cartas papeis de bombons pingentes com nomes declarações de amor eterno tudo se foi a juventude se foi a paixão se foi as ilusões se foram sem indícios de voltarem merda como eu queria sonhar como desejo a ingenuidade dos meus quatorze anos abri a maldita caixa de recordações caixa amaldiçoada de pandora me resultará em terapia intensiva atchim não to bem to fraca por dentro e por fora precisando vomitar a vida coloco coisas nos meus dias mas as pernas bambeiam pelo passado não quero equilíbrio tranqüilidade inércia preciso de fluxo de intensidade preciso acordar tenho que acordar

Madame Schopenhauer

12 de dez. de 2009

Intertextualidade

E o que a gente faz quando começa a viver por si, admitir as belezas e agruras, sofrer a dificuldade real dos buracos pelo meio do caminho... não só admitir que existem e "ver" beleza nisso.
O que é feio é feio e ponto final.
A ferida dói, lateja e muitas vezes demora pra curar.
Mas o mundo num para e o dia seguinte chega com a mesma rapidez de sempre.

Alguns enganam os outros, são bons atores;
Outros enganam a si mesmos, são bons neuróticos.
Cada um leva do jeito que dá.

Feliz e infelizmente, somos o ponto de mutação.
Tropeçar, regredir, avançar e dar grandes saltos:
Essa é a nossa dança;
A música, a batida de nossos corações.

[Nat está inspirada hoje.]

23 de nov. de 2009

Frescor

Combina com violão, depois do almoço. Depois de tanto calor, de tanto frio, um momentinho de paz.
Mainina está com saudades das amigas que não retornam email.

13 de nov. de 2009

Édipo

Se é para falar, eu estou falando. Sei que venho mais uma vez com essa literatura de blog te contar o que se passa comigo, mas nós dois sabemos bem que a vida se passa assim, com essas cores de novidade e tecnologia. 

Eu queria que fosse diferente. Mas ninguém concorda comigo e isso me faz manter todas as práticas, que eu não julgo nem um pouco civilizatórias, em voga, como se assim eu melhorasse meus relacionamentos interpessoais. Como se fosse me dar mais valor.

Às vezes eu me sinto um monstrinho cheio de pelos nas mãos, sem saber o que fazer com um prazer que me desgasta a cada balanço na roda da vida. Eu estou vazio e buscando achar uma importância para isso. Eu peço que você me note, apesar da minha má escrita e da sua má vontade em compreender o estar sozinho.

Você está me abandonando, porque eu te culpo por todas as coisas erradas que eu faço; aprendo e apreendo o que for com você, sempre precisei dessa nossa relação instável, sempre quis te matar, te excluir da minha vida. Você não deixou. Se tivesse ido, eu não erraria.

E agora está indo embora. Agora que eu não quero e não posso te deixar. Eu não sei o que fazer, estou perdido, me dê a sua mão de novo. Escorrega e você cai. Eu me jogo e a gente não se salva.


Mainina está com medo de não ser uma boa psicóloga ano que vem. Ela é louca e não sabe o que quer da vida. Quanto ao texto, diz estar animada para voltar a escrever com outros sexos (porque ela tem seus pares e vocês conhecem a Nina, a Mirna, o Marcelo, entre outros...)

24 de out. de 2009

Sem pé nem cabeça

De uns tempos pra cá, tem acontecido um monte de coisas aleatórias na minha vida, coisas que eu nem sei classificar se são boas ou ruins, legais ou estranhas, absurdas ou normais... enfim, num consigo criar um julgamento sobre ainda.
Só sei que têm sido de surpreender.
Inesperadas.
Sem pé nem cabeça.

E eu, ó:
o.O


Só isso que posso dizer.


[Nat]

16 de out. de 2009

Questões

Como será que é ser alguém despreocupado?

Como será que é simplesmente aceitar suas possibilidades e impossibilidades diante das coisas, sem maiores problemas?

Como será que é viver o hoje hoje, o amanhã amanhã, e o deixar pra trás o que passou porque já passou?

Como será que é não ter uma cobrança pessoal que seja acima do que é bom para si mesma?

Como será que é saber com um pouco mais de precisão seus limites pessoais e, acima de tudo, respeitá-los?

E por fim... como será que é nunca nem precisar cogitar questões como essas?

[Nat]




PS: Parabéns querida Mainina!!! Espero poder encontrá-la pra poder te dar um abraço beeeem apertado e poder desejar um feliz aniversário de verdade!!! ^^

2 de set. de 2009

Tempos de faculdade

Acho uma pena entrarmos na faculdade tão jovens. Tão cheias de vida e incoerencias que nos forçamos a não nos enxergar por pura falta de costume. É uma pena que pensássemos ter responsabilidades, quando não sabíamos de nada, quando a vida era tão simples e sonhar era um hábito corriqueiro que se confundia com a realidade. Acho triste que há uns anos soubéssemos apenas apontar o defeito nos outros e se concentrar no espelho fosse uma coisa tão dificil de fazer.

Mas se eu só achasse uma pena, as coisas se manteriam iguais. E se tem uma coisa que eu não concordo é manter práticas não-inteligentes de viver e acabar com a vida.

Esses dias me perguntaram se eu ia virar uma hippie suja que planta a própria maconha. Olha, acho que é consenso geral que eu não fumo porque não quero que o meu prazer exista em detrimento da merda do outro cara, então eu até plantaria. Certo, certo, mas e o meu consumo desenfreado? E a minha louca vontade de me sentir feliz com coisas que compro, não sei a procedência e por isso minha cabeça não pune a utilização?

Ah, que demagogia a minha.

Parei mesmo de usar celular. To tentando diminuir o meu consumo de internet, vou desfazer meu orkut de novo em breve. Também to parando de comer carne, se alguém tiver galinhas em casa eu como. E daí? Daí nada, no fim é tudo uma forma de me fazer sentir melhor sobre as coisas que eu já fiz e que vou fazer de ruim, sobre a minha habitual (e comum) falta de ética. No fim (mais um fim), eu estou buscando a felicidade em detrimento de alguma coisa ou alguém. Sempre-sempre.

O louco é que eu vim postar que estou mais feliz na faculdade; não, ainda não faço idéia do que vou fazer com ela. Mas sei que esse foi (tá quase acabando) um tempo importante no meu desenvolvimento e também dos que estão a minha volta. Tô levando mais a sério, promessa de começo de semestre. Tô me envolvendo mais com as coisas. Na verdade eu não sei se isso tudo é verdade.

É que lá no início eu também achava que estava. Talvez eu estivesse mesmo e (só me dei conta hoje) tenha perdido o gás ao longo do tempo. Muitos baques nessa vida, muitos baques. E estas também são coisas que o tempo tira (um pouco): a inocencia, os sonhos. O brilho; era o único algo que eu tinha lá no começo.

Está na hora de recomeçar. No fim, é isso que a gente mais deseja pra ser feliz: um recomeço a cada dia.

Mainina esqueceu de assinar e manda força para as amigas em crise que verá esse final de semana.

2 de ago. de 2009

Nós, mulheres maduras

Meus amores,

Esse post será como uma carta coletiva às grandes e maravilhosas mulheres que compõem o Speaking Beauty. Claro, sempre me arrebata a saudade que sinto de todas vocês, e é impressionante a sensação de que estamos mudando, nos tornando invariavelmente mais maduras.
Ok, posso estar exagerando um pouco. Mas ver uma amiga muito querida, noiva, é algo que bota a gente a refletir.
Tenho convicção de que vocês concordarão comigo: muitas vezes (não em todas, óbvio) tomamos atitudes das quais nos orgulhamos. Ou por ser necessário coragem, ou ousadia, ou quem sabe um monte de outras coisas bacanas das quais agradecemos nossas mães, parentada, terapeutas, por terem nos ensinado. É a sensação de ser ética consigo própria, e perceber que, sim, nós temos alguma ética.
Tá, mas porque estou escrevendo tudo isso? Quero dizer: orgulho-me de ter amigas como vocês e admiro todas, sem exceção! As vezes, paro parar pensar em como cada uma de nós tem n mil qualidades (apesar de todas, também sem exceção, serem exigentes consigo próprias) e como nós, juntas, nos complementamos, ajudamos e ampliamos a visão umas da outras.
Sei lá, estou repleta de coisas indizíveis. Momentos em que passamos juntas, palavras que trocamos, aflições e felicidades que compartilhamos e tudo isso me coloca muito feliz e também emocionada. Algo que a gente construiu e que se perpetuará.

Ok, ok, a Mazinha voltou, e isso me fez pensar em mil coisas; em como eu desejo que todas vocês sejam muito felizes e em como eu desejo me manter na vida de cada uma.

Um beijão estalado,
Madame Schopenhauer

18 de jul. de 2009

Casa de família

Joana tinha uma mãe doente e um pai depressvivo
Joana era deprimente
Foi atrás de um produtor pra fazer de sua vida um filme
Fez uma trilha sonora para contar a sua história
Foi o máximo que conseguiu para limpar a memória

Enquanto o mundo lhe esquece você fuma seus cigarros caros
E finge que tudo vai passar

Em seu filme, tinha dois ou três filhos drogados, prostituídos
Quinze anos, eles lhe traziam dinheiro ao fim do dia
Joana queria ver a luz e só encontrava colheres queimadas e bitucas pela casa
Ao menos elas estavam apagadas

No futuro, Joana era mãe de ninguém
Joana tinha uma familia desestruturada e queria fugir
Queria um monte de coisas quando foi ler o segredo
A culpa mesmo era dela que não sabia pedir
Joana não queria entender

E enquanto o mundo gira, você se atira em poço de desilusões inventado
Só o fundo pode lhe dizer quando vai passar
Apesar da tristeza, ninguém pagaria seu enterro
É melhor deixar-la até o dia clarear

Mainina está voltando a escrever poemas sem causa (?)

15 de jul. de 2009

LÍQUIDO LEITE



[cia boreli de dança]

por didi

Eu

Percorrendo cidades, pensamentos e situações, certo dia acordei.
Emergi de um sono profundo cheio de inquietações, descontentamentos e ansiedades;
Sinceramente, disso tudo eu cansei.
Vi minha imagem no espelho e chorei;
De infinitas coisas, então, me libertei.


[Nat]

25 de jun. de 2009

Problema de conteúdo – Império da não reflexão

Resolvi respeitar as alteridades. Apenas hoje. Ser racional, sistemática e pragmática, exatamente como quem me critica o quer. Então, apenas hoje, mudarei meu discurso (deveras exaltado para alguns) para algo mais político. Além disso, como de praxe, peço liberdade, se não poética, mas acadêmica/intelectual para expor meus argumentos livremente, sem amarras de “ismos”, sem rótulos e predefinições; admitindo minha burrice e ignorância em vários assuntos.

Venho abordar, como o título revela, um problema de conteúdo. Empiricamente, em minhas andanças socráticas, percebo que muitas pessoas não têm responsabilidade com seus discursos. Impera o reinado da “não reflexão” e ser o tanto superficial quanto for possível. Derivados de uma não preocupação com o significado epistemológico das palavras, os discursos se tornam vazios e os argumentos vãos, invalidando completamente os locutores. Advindo de uma mediocridade inerente a categoria de pessoas que compactuam, ideologicamente, com a sociedade fetichista da mercadoria, a ausência de conteúdos reais na informação favorece um projeto de futilidade coletivizada, projeto esse que alimenta a idéia do consumo como status social. Logo, o que move uma parcela significativa da sociedade é o prazer de participar do espetáculo e ter, como Warhol dissera, 15 minutos de fama.

Com o império da não reflexão, une-se a irresponsabilidade ética. Segundo Sartre: “O que quer que façamos, assumimos responsabilidade por alguma coisa, mas não sabemos o que essa coisa é”. E sequer saberemos, uma vez que os sentidos foram tomados pela lógica líquida. Visão e audição estão gravemente afetadas. Cegos e surdos tentam, individualmente, controlar suas próprias vidas, destituídas de qualquer sentido moral. Mecanicamente, repetem falácias tautológicas que corroboram os poderes em exercício; repetem para si, como mantras, verdades fluidas no intuito de conviver com rotinas frívolas e desejos fúteis. Incapazes de uma reflexão significativa, ignoram os indícios das crises em andamento, pois sentem medo de qualquer mudança de ordem social que possa afetar o mundo “bunker” auto-arquitetado.

Todas as crises da atualidade: filosófica, moral, política, ambiental, dos relacionamentos humanos, dentre outras, requerem que resgatemos o conteúdo das coisas e, através da reflexão, pensemos em outras formas de viver, uma vez que a atual está em extinção. É preciso tomar para si a responsabilidade do hoje e do devir; reconhecer a falência do projeto moderno e buscar alternativas em prol de vivências mais saudáveis. Cuidar de si e dos outros, eis a responsabilidade de cada um.

Madame Schopenhauer, que está feliz em refletir algumas questões.

22 de jun. de 2009

PLÁSTICOBOLHA



[foto de leticia sekito]

por dee dee

17 de jun. de 2009

Sad Song - Oasis

Sing a sad song
In a lonely place
Try to put a word in for me
It's been so long
Since I found this place
You better put in two or three
We as people, are just walking 'round
Our heads are firmly fixed in the ground
What we don't see
Well it can't be real
What we don't touch we cannot feel

Where we're living in this town
The sun is coming up and it's going down
But it's all just the same at the end of the day
And we cheat and we lie
Nobody says it's wrong
So we don't ask why
Cause it's all just the same at the end of the day
We're throwing it all away
We're throwing it all away
We're throwing it all away at the end of the day

If you need it
Something I can give
I know I'd help you if I can
If your honest and you say that you did
You know that I would give you my hand
Or a sad song
In a lonely place
I'll try to put a word in for you
Need a shoulder? well if that's the case
You know there's nothing I wouldn't do

Where we're living in this town
The sun is coming up and it's going down
But it's all just the same at the end of the day
When we cheat and we lie
Nobody says it's wrong
So we don't ask why
Cause it's all just the same at the end of the day

Don't throw it all away
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Don't throw it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
Throwing it all away
You're throwing it all away at the end of the day

[Nat está sem palavras. Talvez nem precise delas, talvez...]

9 de jun. de 2009

idéias estapafúrdias que a gente acha que vão dar certo

lembro de uma epoca ai que eu queria escrever um livro.
a ma deu uma lidinha e se inspirou, lembrou do nosso amigo e quis fazer um filme. a gente agitou todo mundo na nossa vibe e por menos que parecesse dar certo juntamos um elenco interessante. o ator principal era bi e eu queria pegar ele, sem medo sem amor, como era bonito o porquito.

a atriz principal nao existia porque a gente nao é da turma dos que curte romance teen. mas tinha a prima da ma que era legal e que acho até hoje que nao foi muito com a minha cara. se pá ela queria pegar o menino também. se pá ela queria pegar o roteiro.

o fato é que eu nunca soube escrever, o porquito virou gay e a essa prima está em algum lugar x da minha memória, como forma de comparaçao. just faces.

mas graças a deus a ma foi fazer cinema.

3 de jun. de 2009

Sede


Comprei um vasinho de flores e coloquei na minha mesa do trabalho.
Uma vontade que vem não-sei-de-onde de tudo que é belo, que embevece, que causa a quietude por paralisar o olhar sobre o objeto... e pulsa aqui dentro, clamando por ser atendida.

Ponto. Foi isso que eu senti.

Para vocês queridas amigas e possíveis-leitores-fantasmas, a foto.
O preto e branco obedece de um modo intraduzível estas coisas que eu sinto, essa que parece ser uma sede da poesia que a imagem reflete.
E ultimamente eu tenho buscado algo que posso chamar de uma nova estética na minha vida, seja na maneira como eu me mostro para o mundo, nas leituras que faço (tento, pelo menos!), nos meus gostos, nas descobertas, nas minhas crises, nas minhas atitudes. E tem sido tão bom!

Ai, fico muito feliz em poder dividir isso com vocês...
Espero vê-las em breve.
Dia 11/06 está aí...
Propostas?

[Nat]

1 de jun. de 2009



toda vez que eu olho

o relógio diz

algum número desconexo

o tempo vai rápido, vai devagar

para

prioriza momentos

torna emoções temporais

para lembrança

e essa não tem tempo

mas lembra-nos que o tempo

sempre passa.


Madame Schopenhauer, que gostou de intertextualizar com as beaties.

29 de mai. de 2009

The Cranberries Day!

Amigas, 

Em homenagem ao meu recém instaurado The Cranberries Day! (pode virar The Cranberries week or month, who knows?), estou vendo letrinhas dos meus cd's gravados da banda e aprendendo a cantar todas as músicas lo/*lo/ 

*adolescentemodeon*

Compartilho com vocês a tradução (ah, mais fácil né? rs) de COPYCAT. Achei a nossa cara. Não q sejamos, nós, simplesmente imitadoras... Somente achamos tudo isso sad, sad, sad.  

Copycat (Imitação)

They had an accident and they never noticed anyway 
Eles sofreram um acidente mas nunca notaram de forma alguma
A lack of originality couldn't focus on the day 
Uma falta de originalidade não se evidenciaria nesse dia
So much for the radio everybody sounds the same 
Tudo por causa do rádio, todos tocam iguais
Everybody wears the same clothes now and everybody plays the game 
Todos usam as mesmas roupas agora, todos jogam o jogo

Copycat, copycat, copycat 
Imitação, imitação, imitação
Copy copy copy copy yourself 
Imitação, imitação, imitação, imite você mesmo
Copycat, copycat, copycat 
Imitação, imitação, imitação
Copy copy copy everyone else 
Imitação, imitação, imitação, imite todo mundo

I've got a great idea I will change things on my own 
Tive uma grande idéia, mudarei as coisas eu mesmo
I see my vision very clear 
Eu tenho minha opinião muita clara,
Wouldn't want to be another clone 
não queria ser outro clone  -------> não queria né? mas devo ser, unfortunately...
So much for the radio, the radio is sad 
Tudo por causa do rádio, o rádio é triste
Sad, sad, sad 
Triste, triste, triste

They had an accident but they never noticed anyway 
Eles sofreram um acidente mas nunca notaram de forma alguma
A lack of originality couldn't focus on the day 
Uma falta de originalidade não se evidenciaria nesse dia
So much for the radio everybody sounds the same 
Tudo por causa do rádio, todos tocam iguais
Everybody wears the same clothes now, and 
Todos usam as mesmas roupas agora, e
Everybody plays the game 
todos jogam o jogo

Copy everyone else 
imite todo mundo

20 de mai. de 2009

Cogito ergo sum?

Há tempos que não dialogo com vocês. Não somente no sentido de falar e ouvir apenas, mas no verdadeiro sentido que a palavra “conversar” inspira: dialética. A mesma me faz perceber que a companhia de vocês é deveras valiosa; pelas amigas maravilhosas que são, e pela minha solidão.

Minha cabeça explode em dor, mas a dor é apenas dor porque existe o estágio da não-dor. E quando os dias são de sol e felizes, são apenas assim porque existem dias de depressão. A vida e a não-vida existem mutuamente, e sua existência se dá devido à existência do seu contrário.

Eis a lógica: Todos os humanos são mortais. Suellen é humana. Logo, Suellen é mortal.

Estar vivo é apenas um acidente, termo no qual Aristóteles define as características temporais e aleatórias.

Se A=B e C=A, então C=B. Pena que a vida seja muito mais complexa que simples proposições e argumentações. A “vontade” que nos motiva a estarmos vivos permanecerá incógnita, sem resoluções algébricas, sem axiomas ou teses. Será ela cognoscível apenas pelos nossos sentimentos? Sem poder ser conceituada, definida racionalmente, ela existe.

Então quais são os pressupostos para algo existir?

Cogito, ergo sum?

Duvido.

Qualquer que seja a definição para existir, sinto apenas minha existência na relação.

Entre eu e você, existimos. E sem o olhar do outro não há existência.

Isso é dialético.


Madame Schopenhauer está sentindo saudades de conversas entre amigas.

... ando so it goes.

Toda vez que eu olho
o relógio diz:
0:00
mais um dia se foi.
O tempo corre, corre, corre...
Me vejo dentro da noite veloz,
Me vejo distante,
me vejo tão dentro de mim,
me vejo fazendo o possível pra fazer tudo...
nunca suficiente para meus anseios.
Eu quero mais, mais, mais.. eu tenho sede, muita sede...

quero o mundo!
e mesmo sem saber do amanhã, caminho
sem saber o que me aguarda
sem desistir
rascunhando a história que só ocorre uma vez.

[Nat]

regar mudanças

toda vez que eu olho
o relógio diz:
0:00
e assim há o recomeço
e o meio ficou no fim
e agora eu mudei de casa
mudei a rotina
mudei de estágio
mudei de paixão.

[por didi]

19 de mai. de 2009

"There's something wrong with me, I'm a cuckoo"

Tá na hora de mudar coisas. Não sei bem o quê, só sei que tenho que mudar; arrumar o quarto, outro emprego, lavar a louça, roupa suja.

Mudar qualquer negócio. Sinto que está ocorrendo um processo, mas não consigo descrevê-lo, nem entender. Confesso que ontem quis matar o caio à distância, porque percebi que penso nele de vez em quando, e de repente, não quis mais. Não quis e não entendi porque, e de alguma forma isso tudo me fez feliz.

Ontem também ia dizer pra minha orientadora que quero largar o curso. Ela me deu dinheiro e eu calei a boca.

Cinquenta coisas para fazer e zero tempo de postar.

Whatever, quis compartilhar. Nem se fazem necessários comentários, mas se houverem, eu gostarei de ler.

Mainina é estranha e aleatória, apesar de suas amigas não pensarem da mesma forma.

15 de mai. de 2009

Très belle


Porque muitas vezes a beleza reside na simplicidade.

[Nat]

13 de mai. de 2009

Lovely Songs

Agora logo pela manhã ouvi Esquadros e cantei com tanta sinceridade que até doeu aqui no meu peito.
Usei dor na falta de melhor palavra para explicar... acredito que vocês saibam exatamento do que estou falando, desse sentir uma dor gostosa e levemente sofrível, por algo que causa um bem-estar muito grande... não dá para explicar muito, só sentindo...

Lembrei da época do cursinho, meninas.
Foi naquele período que a Adriana Calcanhoto passou a fazer parte da minha vida, rs!
Eu já conhecia (e adorava, por sinal) a Vambora, música que é praticamente a representação máxima do que muitas mulheres querem de um homem em determinados momentos de suas vidas. As adolescentes, então, nem se fala! Se perdem em devaneios ao ouvi-la... arrã, eu me perdia em devaneios ouvindo essa música e admito que até hoje ela causa este efeito em mim.
Tem certas coisas que num tem muita idade, né? Apesar de que eu ainda me vejo nesta transição entre adolescência e vida adulta... e juro pra vocês que certos aspectos de adolescente eu não faço a mínima questão de perder. Mas isso é assunto pra outro post!

O que eu estava falando era do cursinho e da Adriana Calcanhoto!
Pois bem, a Lígia professora de Literatura um dia propôs a atividade de analisarmos a música esquadros. Acredito que quem era da minha sala venha a lembrar (Dee dee, Maíra, madame Schopenhauer, talvez a Mainina tenha visto também...). Achei a música tão linda... quando descobri que era da mesma cantora de vambora, nossa, senti que tinha que conhecer tudo que essa mulher cantava! E foi aí que a madame Schopenhauer se ofereceu pra gravar a discografia dela pra mim! Nem preciso dizer que eu A-D-O-R-E-I, né? rs

Vou deixar aqui parte da primeira estrofe para vocês:

"Entre por essa porta agora
E diga que me adora
Você tem meia hora
Pra mudar a minha vida
Vem vambora"


[Nat hoje acordou sonhadora]

11 de mai. de 2009

Uma música...

... que expressou exatamente o que eu senti nesta sexta passada.

Paciência - Lenine

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

[Being an adult is not that easy, folks... not at all. But hey, ho, let's go! Nat]

6 de mai. de 2009

Um post sem título.
Isso, um post sem título e escrito pq uma das beauties me cobrou por não escrever nada faz tempo.
Pois é, sobre isso nem tenho muito o que falar. Só que eu ensaio, ensaio e ensaio mas a idéia permanece incompleta no meu texto. Aí, num posto. Minha maniazinha irritante de perfeição com as coisas que escrevo.

Mas hoje, vou deixar tudo isso de lado.
Hoje vou falar de mim, e pra isso é necessário ser livre, deixar a métrica de lado, as palavras corretas, o encadeamento de idéias... blah! I wanna be free... I need to be free. Everybody needs to.

O que eu queria escrever e dividir com vcs é o quanto algumas coisas têm mudado em mim neste últimos tempos. Sabe, a ponto de eu nem me reconhecer em determinadas situações?
É engraçado.
E muito bom.
Pq de algumas amarras nós precisamos nos libertar, não é mesmo minha gente?

Hoje posso dizer com a boca cheia que eu sou mais eu.
E, antes de mais nada, quero deixar claro que não existe nesta frase um significado implícito de que "eu me basto", ou "eu não tenho mais inseguranças pq agora eu me descobri" e blábláblá... muito pelo contrário! Acho que eu tô mais é vendo que defeitos, inseguranças, medos e anseios eu tenho de sobra. Só q num é por isso que eu sou melhor ou pior que ninguém. Porque todo mundo é assim tb.

Post óbvio? Clichê?
Acredito que sim.
É só abrir uma Capricho q isso tá escrito lá: "Pra conseguir a felicidade na vida/o seu gatinho, seja mais vc!!!"; ou mesmo numa revista pra mulheres adultas, como a Nova "Para ser bem sucedida na vida profissional/na cama para seu homem, vc precisa se descobrir, valorizar seus pontos fortes".
OK.
Mas vamos parar, refletir no nosso tapetinho de Yôga, que isso é bem foda de difícil, né?
E olha que eu faço terapia e de vez em quando saem umas coisas bem cabeludas, do tipo que o meu racional tá careca de saber, que certas crenças são irreais e tudo culpa da "Sociedade de Consumo", por exemplo. Belêuza Crêuza, mas E AÍ, JOSÉ? O que vc faz com isso, se o negócio tá lá desde sempre, desde que vc é novinha alguns valores são bombardeados, se tem a tua educação tb q influencia e ela pode ser mto boa pra um monte de coisas só q uma bosta em outros aspectos, o que vc faz?
Dá um tiro na cabeça?
Nããããããããããão.
Culpa seu pai e sua mãe pelas neuroses herdadas???
Nããããããããããão.
Vira hippie e vai morar no meio do mato, ou vira um eremita e num tem mais contato com ninguém?
Nãããããããããããão (pelo menos isso num é uma saída pra mim).

Sei lá, essas coisas num tem tem uma receita certa pra todo mundo também.
E eu sei q sou suspeita pra falar o que vou falar agora:
Dentro do possível, acho que nós temos, sim, q entrar em contato com alguns conteúdos nosso. Por mais bizarros que possam aparentar num primeiro momento. E sempre se lembrando: "Meu, tem gente mais doida/probelmática que eu nesse mundo" hohoho.

Tô brincando qto a este último ponto.
Num é simples assim, né?
Pq se fosse, só gente paupérrima tinha problemas.

Mas no geral, a moral da minha história, é um grande DEAL WITH YOUR PROBLEMS.
Tenta resolver antes que eles te engulam.
A não ser que vc queria ser engolida por eles. Aí, dane-se mesmo.
Mas se der caquinha no final num esquece q tb é culpa sua.

[Nat esta em um dia de meditação sobre a vida. Mas acha que isso num importa mais. O que mais quer dizer é que, do fundo de seu corazón, ama mto mto as beauties e espera q o blog volte a ativa. E quer que a madame Shopenheuer volte logo a postar tb, porra! ^^]

28 de abr. de 2009

Eu sem o orkut

Desculpem postar duas vezes seguidas.

Aleatório mode on.

Mas é que o lance é intenso. Hoje me vi na extrema necessidade de cuidar da vida alheia e, após 1 mês ou mais sem orkut, senti falta dessa perda de tempo.

Tudo gira em torno da máscara que eu quis retirar de mim; não faço idéia de quem eu seja, e achei melhor acabar com qualquer construção de imagem-pública-de-real-fácil-acesso existente. Isso porque acho, e só acho, que o blog não entra nessa condição, sabe Deus porque. Talvez seja algo mais velado, nem muita gente tem o endereço. Talvez seja aquilo de não me manifestar por meio de imagens.

Minhas imagens bebendo, feliz, triste, caindo da escada, com amigos, sozinha. A imagem é um lance muito congelado, as coisas são mais mutáveis. O que senti aquele dia pode nunca mais ser sentido daquela forma - ou não. Imagens são válidas para que guardemos conosco ou que troquemos com os que amamos e queremos por perto.

Pra mim, imagens de felicidade não tem porque serem compartilhadas a partir do momento que exista algum desejo de se demonstrar felicidade à pessoas sem importância. Ou qualquer sentimento que o valha. Sei lá, tá confuso.

Tá confuso porque tudo o que eu queria era fuçar a vida alheia hoje, só pra me distanciar um pouco da minha, que anda meio chata e comumente estressante.

Sem orkut, fica difícil. Talvez por isso eu esteja visitando mais blogs ultimamente e me irritando mais com a falta de postagem das pessoas - inclusive da minha irmã, com a qual mal tenho contato. Talvez seja só uma questão de me sentir um pouco mais próxima dos que me são distantes.

Acho que é solidão e medo de algo sobre o que não sei falar.


Mainina se sente um pouco mais aliviada pelo momento "Ei, olhe para mim!" exposto acima. Se desse para rir, com ceretza riria agora.

27 de abr. de 2009

Crise comedida

"Esse é que é o problema todo. Não se pode achar nunca um lugar quieto e gostoso, porque não existe nenhum. A gente pode achar que existe, mas, quando se chega lá e está completamente distraído, alguém entra escondido e escreve 'Foda-se' bem na cara da gente." Salinger

E eu que pensava que "dentro da gente" era um lugar quieto e gostoso. O duro é que quem entra escondido e escreve "foda-se" sou eu mesma, na minha cara, com uma risadinha anterior a fuga; é a bosta de um eu conflituoso e medíocre que só se expressa por palavrões. 

E por movimento - bem labaniano.

13 de abr. de 2009

Pessoa quem me define.

Vibe "The blower's daughther" e "Patience". Tudo junto, ao mesmo tempo e misturado. Porque é sempre assim. All mixed up. A fucking mess.

Achei assim, que tudo ia dar certo, que tudo ia ser mais fácil e mais compreensível, uma vez que agora, e somente agora, eu estava um pouquinho mais segura de quem eu era, e de onde eu queria e podia chegar. Por tudo, leia-se minha love life.

Falei sábado pra Nathy que não queria trocar o certo pelo duvidoso, e ela perguntou: ah, mas é certo mesmo? Pois é, não sei. Não sei e não saber é foda. Tava relendo a letra de "patience", e ainda não descobri se o Axel tava falando de coisas mais exatas ou de relacionamento... Supondo que seja de relacionamento... Se alguém te escreve (three or four fucking times)"te adoro", mas não te fala: ou esse alguém quer te enrolar, ou quer te mostrar alguma coisa. Não escrevo isso. Não se manda "te adoro" por sms. Pq? Pq eu não qro enrolar ninguém não... Se eu adoro, eu adoro e ponto. Não vou pegar e contar qtas sms mandei no dia, preocupar se "posso" ligar mesmo, ou não... Sei lá, penso na pessoa o tempo todo, mas não sei se "adoro". Pq a situação em que me encontro envolve 300km de distância que encaminham pra insegurança. E se ele quiser sinalizar alguma coisa? O que ele quer mostrar? E o que isso tem a ver com o Axel?

a) Shed a tear 'cause I'm missing you/I'm still alright to smile/Girl, I think about you every day now

Every day não é o tempo todo. E a minha vibe é o tempo todo. Acho q a dele é easier, tipo a do Axel, a do every day.

b)There is no doubt you're in my heart now/Said, "woman, take it slow and it'll work itself out fine/All we need is just a little patience"

Meu, é mto isso. Tenho certeza que mexi com a cabeça dele, mas não sei se do mesmo jeito que ele mexeu com a minha. Take it slow. Aí, eu fico bem na minha... Medo de pressionar e afugentar o rapaz...

Foi ele quem me disse: Quero muito te ver de novo. Vou aí em maio. E fui eu quem disse: Quero muito te ver de novo também. Vem antes disso. Fiz minha parte. Só sei que não tou afim de baladear, de conhecer gente nova, de nada... Tou afim de ver esse cara com frequência... E acho que essa frequencia ia ser quase sinônimo de namorar. FUCK. Quer mais pressão que isso? Por isso que eu fico na minha, rs. Ao mesmo tempo, eu não conheço ele o suficiente pra saber até que ponto ele quer ver alguém ou se realmente quer me ver. E fico assim, desse jeito, jogada no mundo. Com poucas iniciativas... Pra uma moça taxada diariamente de pró-ativa, é difícil segurar (minuto a minuto) suas iniciativas, rs.

A gente fica com o pensamento tão preso quando se permite essas coisas, né? Devo estar apaixonadinha, q tosco. Dois meses de solteirice e já encanadinha. Esperava mais de mim.

O legal é que eu não tou na vibe do "So unsexy", da Alanis. Aquela música é muito triste, e representa encanações de outrora. Me senti bem com ele. Muito bem. Pena que estar com ele é um momento complicadinho...

E me cobro, né galera. Me cobro oceanos. Simplesmente porque eu tenho mais o q fazer do que chorar pitangas twenty-four-seven por causa de homem. Então, resigno-me ao meu estado semi-vegetativo de poucos estudos, muito trabalho e casa bagunçada.

"Não sou nada

Nunca serei nada

Não posso querer ser nada

À parte disso, tenho em mim todos os sonhos do mundo" - É Pessoa quem me define.

Growin' up.

O bonito disso tudo é que a gente cresce. Éramos tão diferentes, ainda somos nós mesmas, nada estranhas para a próxima. Tudo mudou e ainda é igual.

Todas nós, criancinhas em vestido de adulta nessa nossa história escrita dia a dia num caderno sem pauta. O vestido cabe e cabe a nós nos sermos assim. Novas crescidas. Como os novos cristãos de algum tempo atrás não acreditamos muito que este seja o certo, sabendo exatamente que é melhor seguir a linha.

Babe, c'est la vie. E ela não é preta de bolinhas brancas meio old fashion e nem super colorida meio hippie.

Nós somos heroínas de alguém. Umas das outras, pelo menos.

Mainina manda espetinhos de queijo com vinho pra caralho.

6 de abr. de 2009

SOBRA SOMBRA


.
[POR DIDI]

30 de mar. de 2009

Do outro lado

Do outro lado há o beco escuro
E o medo dos que fogem da luz diária do viver
Na outra esquina há a lata, há o pó e a gasolina.
E o medo dos que olham e para não ver
O olhar de cima recrimina,
E o de baixo só faz esquecer
Os corpos são soltos nesse espaço,
Nessa sofreguidão contínua de uma quadra
Um bloco vazio.
Um passo em falso e o fundo vem de encontro.
Não há tentativa onde termina este buraco

E a gente pensa nos meninos, nas meninas.
E a gente não age, lamenta e chora a dor
Que sente nossa.



Mainina perdeu a prática, mas quis compartilhar com as amigas esse momento falso-poético.

11 de mar. de 2009

O mal de ser direta

[Venho por meio desta socializar certa raiva de mim mesma]

[M] - Vem buscar refrigerante comigo?
[P] - Claro, vamos lá!
[M] - Então, a gente é amigo né?
[P] - Somos sim...
[M] - E por isso você desconsidera as besteiras que eu falo né?
[P] - Hahahaha. Se eu considerasse teria que te parar de falar contigo.

Pausa para refrigerante*

[M] - Então, eu não deveria falar isso. Vou falar uma besteira.
[P] - Uhun.
[M] - É que eu gosto de você.
[P] - (...)
[M] - Tipo, muito. Mais do que eu deveria. Não devia falar isso, mas é que eu estou precisando, entende?
[P] - Entendo...
[M] - Você vai desconsiderar isso, né?
[P] - (...)
[M] - Você vai desconsiderar isso, né? (voz triste)
[P] - Vou...
[M] - Então vamos pra lá. Onde quer ir?
[P] - Onde você quiser.

Pausa para correr bem rápido

[P] - Porque você está correndo?
[M] - Por que eu estou com muita vergonha de você.
[P] - Ah, que isso. Normal.
[M] - É, normal.

Pausa para chegar em algum lugar com muitos conhecidos

[M] - Ah, meu, vocês não acham que o cabelo dele ficou muito feio assim, grande? Eu acho.

Sem esperar resposta, vai embora. O cabelo estava lindo, ele era lindo. Ele, que tocou guitarra divinamente na noite anterior, ele que virara a sensação da festa. Ele, por quem estava louca (eu sei que não é difícil).

Fico impressionada com a minha alta habilidade teatral. Na reunião de hoje, bem como em uma festa surpresa que fomos, eu não parecia ter chorado por uns tempos, nem parecia ter ficado abalada com o acontecido. A atuação me rendeu um "a Mainá está sempre sorrindo, mesmo quando está triste", que já havia sido proferido por ele em outro momento como um elogio. RS. Como psicólogo ele deveria saber que isso não é bom.

Precisa ser assim tão frenética? O dia que eu aprender a ser suave e delicada, vou ter um namorado.

E foi assim que eu joguei o piano pela janela, sem sentir a menor raiva por ele.

Ah, meninas, excluí o meu orkut. Não quero mais máscaras, não quero mágoas, chega.

*O mais interessante é que eu estava bebendo refrigerante pra não me embebedar e falar merda. O que me fode é que eu sou naturalmente embriagada.

[Mainina está deprimida, irritada, menstruada e se sentindo burra, porque não aprende com os próprios erros. Além disso, sente tristeza por perder mais um cara maravilhoso em sua vida]

2 de mar. de 2009

LIVRO DE AMIGA

Tenho nova proposta que não mais virtual.
Aconteceram coisas estranhas que me fizeram perceber o perigo dos blogs e e-mails.
Então achei melhor dar um tempo no virtual.
...
Existe um tipo de interação entre artistas chamado 'livro de artista'.
Cada artista fica um tempo com um caderno onde pode fazer o que quizer:
desenhar, escrever, pintar, colar........
Depois troca o caderno com outro artista, que pode interferir no trabalho ou complementá-lo.
...
Acho interessante um 'livro de amiga'.
Cada uma ficaria um mês com o tal caderno, podendo fazer o que bem entender.
Como moramos em cidades diferentes, podemos enviar o caderno pelo correio.
O caderno é palpável, tem textura cheiro e peso.
Teremos a nostálgica espera pelo carteiro...
.
O que acham meninas?
.
Posso começar um caderno já.

Beijo grande.

DIDI

28 de fev. de 2009

Peter Pan Teenager: Em busca da densidade perdida



A eterna criança. É esse o mito. Desta vez, o Peter foi adaptado. É a Peter. Moça. É a adolescente eterna. Voa, voa, voa, como o Peter Pan menino. Vive num mundo de ilusão, com piratas e amigos, muitos amigos. Ri e luta, e luta rindo, como o Peter Pan menino. As distinções são de gênero e idade.


Ela não perde a ingenuidade. Nossa heroína é essencialmente visionária: característica do ingênuo, do jovem. Ela não perde a graça e não deixa de valorizar um momento de lazer. E ela é quase emo. Adolescentes são emos. Ela é quase, porque ela não chora, e o Peter menino também não.


Voa, voa, voa, moça Peter Pan. Voa e imagina. Volta moça Peter Pan. Volta do teu vôo, cresce e age. E ela? Como toda boa adolescente, voa, imagina, vê, mas só depois... Depois cresce e age. Essa parte é para adultos. Depois quando? A moça Peter não adultece. Só adolesce. Cada vez num grau mais intenso de se adolescer. Entretanto, quer sonhar sonhos menos frívolos. Quer ter vôos menos divertidos e mais interessantes, e relevantes, que acrescentassem algo. A quem? Destinos certos são para adultos.


Ah, a moça Peter. Ela só adolesce. Até mesmo em seu querer. Eternamente, adolescendo e frivolizando. Cada vez sua superfície mais a representa. Então, ela entristece e não chora. A quem acha que só vê a pontinha de seu iceberg... Não há muito mais para se ver.


[Nanda não quer confete, só desabafar mesmo.]

E agora, José?

Amanhã eu vou embora.
Volto pra Bauru, a minha segunda vida...
Três meses e seus percalços são suficientes pra afastar tanto estas vidas, fazer pensar em tudo, fazer amar e odiar cada coisa que tenho nelas and then let it go...

Do futuro nada sei.
Só sei que a minha avaliação do agora me mostra que amei e odiei (de novo os extremos, tão presentes na minha vida ultimamente) muitas coisas que vivi nessas férias. No fim eu vejo que foi muito bom, apesar dos pesares.
Conheci pessoas muito legais que vejo que farão parte da minha vida daqui pra frente, viajei e foi ótimo, fui em novos lugares, me permiti fazer coisas que outrora não faria, badalei pra caramba, curti muito, fiz muita merda, dancei muito, ri e chorei.

Vamos ver o que o amanhã irá me proporcionar e como eu irei aproveitar as oportunidades.

.

blue

25 de fev. de 2009

'todo carnaval tem seu fim'

[los hermanos]

16 de fev. de 2009

Terapias e terapeutas

Na verdade, não sabia o que escrever. Isso era mais ou menos como acontecia em terapia; chegava lá e não tinha idéia do que a mantinha naquela salinha minúscula e deprimente, sem um divã sequer. Esse negócio de só psicanalista usar divã é balela que esse outro povo inventou para gastar menos dinheiro com o consultório. É, é isso. E o cliente que se exploda. Prefiro mesmo ir à um psicanalista.
O fato é que sempre arrumava um assunto para escrever, assim como sempre arrumava coisa qualquer para falar com a terapeuta, inclusive a gravidez da profissional. Estava aí uma coisa que não conseguia entender: como aquele ser estranho, botas púrpuras e cabelo laranja de comprimento duvidoso poderia ser mãe. Verdade que para ela, esse era um conceito muito prático (tipo, pagar ou não as contas), sem nenhum encantamento, o que parece ser reflexo de sua infância abandonada. De qualquer forma, a mulher se vestia estranhamente e falava enrrolado o suficiente para que duvidasse das habilidades da terapeuta com crianças. Com crianças em sua casa, não no consultório.
Após a sessão, olhou-se ao espelho. Assustou-se ao ver a mulher de botas cabelos coloridos em primeiro plano.

Mainina está com sono e sem inspiração. No momento, respira com a ajuda de aparelhos.

14 de fev. de 2009

Eu e minhas melodias

Os dois homens que mais admirei na vida têm, assumidamente, a mesma trilha sonora. Sabe aquela música com a qual a gente se identifica plenamente? Pois é. Estranho. Eles não se conhecem. Um bom amigo um dia me disse que era a minha trilha sonora também. Também não os conhece, nem sabia que era a trilha sonora deles. Quer saber? Deve ser a minha mesmo.

Ontem acordei triste. Chegou a noite, estava só. Algo que só intensifica a tristeza, acho que são saudades da minha família. Devem ser. Pra atenuar o clima, forcei a barra: aluguei dois filmes, comi guloseimas engordativas e saborosas. Melhorei o ânimo por alguns momentos. Hoje acordei, e voltei ao estado down. Resolvi dar uma de consumista, comprei umas camisolas de cetim, toda mal intencionada. Na minha cidade de interior, minhas compras vão gerar falatório – ou não... Espero que não. Dormi a tarde toda (resquício da pseudo-curta-depressão). Acordei. E estou lendo. E ouvindo Beirut durante a leitura. Estou no quintal, perto das minhas flores e do meu Hollywood Caribe. Esse é só um intervalo, volto já ao TCC.

Minha tristeza e minha melodia estão intrinsecamente conectadas. Duvida?

{Mesmo conhecendo a música... Atente à
letra. É fantástica. E você, qual
a sua trilha sonora?}

  • Ouro de Tolo
    Raul Seixas

    Eu devia estar contente
    Porque eu tenho um emprego
    Sou um dito cidadão respeitável
    E ganho quatro mil cruzeiros
    Por mês...

    Eu devia agradecer ao Senhor
    Por ter tido sucesso
    Na vida como artista
    Eu devia estar feliz
    Porque consegui comprar
    Um Corcel 73...

    Eu devia estar alegre
    E satisfeito
    Por morar em Ipanema
    Depois de ter passado
    Fome por dois anos
    Aqui na Cidade Maravilhosa...

    Ah!Eu devia estar sorrindo
    E orgulhoso
    Por ter finalmente vencido na vida
    Mas eu acho isso uma grande piada
    E um tanto quanto perigosa...

    Eu devia estar contente
    Por ter conseguido
    Tudo o que eu quis
    Mas confesso abestalhado
    Que eu estou decepcionado...

    Porque foi tão fácil conseguir
    E agora eu me pergunto "e daí?"
    Eu tenho uma porção
    De coisas grandes prá conquistar
    E eu não posso ficar aí parado...

    Eu devia estar feliz pelo Senhor
    Ter me concedido o domingo
    Prá ir com a família
    No Jardim Zoológico
    Dar pipoca aos macacos...

    Ah!Mas que sujeito chato sou eu
    Que não acha nada engraçado
    Macaco, praia, carro
    Jornal, tobogã
    Eu acho tudo isso um saco...

    É você olhar no espelho
    Se sentir
    Um grandessíssimo idiota
    Saber que é humano
    Ridículo, limitado
    Que só usa dez por cento
    De sua cabeça animal...

    E você ainda acredita
    Que é um doutor
    Padre ou policial
    Que está contribuindo
    Com sua parte
    Para o nosso belo
    Quadro social...

    Eu que não me sento
    No trono de um apartamento
    Com a boca escancarada
    Cheia de dentes
    Esperando a morte chegar...

    Porque longe das cercas
    Embandeiradas
    Que separam quintais
    No cume calmo
    Do meu olho que vê
    Assenta a sombra sonora
    De um disco voador...

    Ah!Eu que não me sento
    No trono de um apartamento
    Com a boca escancarada
    Cheia de dentes
    Esperando a morte chegar...

    Porque longe das cercas
    Embandeiradas
    Que separam quintais
    No cume calmo
    Do meu olho que vê
    Assenta a sombra sonora
    De um disco voador...


[Nanda não está sentada no trono de um apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar]

9 de fev. de 2009

.SONHO.

NAQUELE DIA perdi-me muito cedo.
eram ruas e carros em alta velocidade e a canção do velvet ‘sister ray’ sem fim tocando ao fundo do vidro soletrada num surto frenético.
era um grupo de teatro e todo aquele barulho e eu perdida caminhando rumo a uma igreja neoclássica dentro de uma pintura do benedito calixto que alguém roubara do masp para expor na pinacoteca de santos.
primeiro evitei ir até a geladeira pegar uma cerveja gelada porque minha mãe estava na sala e a cerveja não era minha e eu não tinha mais cigarros e também não queria fumar NAQUELE MOMENTO e eu temia a inveja e a solidão da cerveja presa no gelo. frieza espontânea e arrogante quando o que está em jogo é somente sede e necessidades fisiológicas por um líquido que abstrai a vida cotidiana para uma vida alternativa.

depois veio a fome e o calor e a saudade enquanto eu caminhava sobre o palco carregando uma vela acesa com as duas mãos firmes para ajoelhar-me diante do público num estado meditativo quase como um monge um sábio um sabiá pendurado no galho mais alto da árvore frutífera camuflando o ego exposto do artista entregue aos deuses.
ENCONTREI-ME acordada deitada sobre a cama estática no final da canção. era tarde...

30 de jan. de 2009

Parabéééééééééééns Madameeee!


Gente!
Abafa o caso que hj já é dia 30... mas pra mim, o dia só passa depois que eu dormi.
Vim aqui fazer um post de parabéns pra minha grandissíssima amiga, Madame Schopenhauer!!! Hoje (insisto, ainda é dia 29 para mim...) é aniversário dela!!! Muitas bexigas, alegrias, e docinhos bem gostosos pra ela neste diaaaaa!!!!

XD

Pra ti, nega, um SUPER FELIZ ANIVERSÁÁÁÁÁÁRIOOOO!!!
Vc sabe que eu sou muito feliz por este dia existir e ter este significado pra mim!

Um grande beijo pra ti, flor!!!

27 de jan. de 2009

Coisas estúpidas da tevê

[Uma das coisas que mais amo e admiro em minhas amigas é a capacidade que elas tem de transformar sentimento em poesia, em arte. Até o meu próprio. Gostei muito do que escrevestes, Madame, como sempre. Agora posso começar o post].

Embora a Nat insista em dizer que eu sou noveleira, devo preveni-las, antes que possam iniciar a leitura do texto, de que eu não sou.

No auge da minha falta do que fazer vespertina, liguei a televisão para me distrair por alguns minutos. Estava passando aquela novela da globo, no vale à pena ver de novo, que eu não lembro o nome. Uma coisa me aborreceu instantâneamente: a carolina dieckmann. Devia ter desligado a tv essa hora. Nada contra a atriz - mentira, muita coisa contra, menininha sem sal - o problema é a personagem mala que ela interpreta. Convenhamos... Ela estava dizendo que não queria ficar com o cara que amava porque ele ia ter um filho com a outrinha x e que esta nunca ia aceitar apenas o que ele oferecesse, ia sempre querer mais (se referindo à dinheiro, não a um relacionamento com o cara, ou sexo ou qualquer coisa que a afetasse diretamente). Mulherzinha. Repito: MULHERZINHA! Aí que está, essa personagem deve ser a legalzinha da história, que é sacaneada o tempo todo, ô dó. Como é que é? Ela não topa ficar com o cara porque vai ter alguém querendo mais do que ele pode dar? É isso que a tevê coloca como exemplo: sejam mulherzinhas, olha só como ela é boazinha, é assim que se deve viver. Vocês que não são, são promiscuas, como a outra, que quer o dinheiro do cara e não deixa a inferninha ser feliz. Aposto que nenhuma de nós pensaria dessa forma se realmente amasse o cara. Mulher que é mulher e ama, topa as dificuldades. O pior é que tem tanto MULHERZINHO por aí... E eu sei que pelo menos quatro de nós já sofreram por isso, gente que foge. Fugir é sempre a opção mais fácil. Bleeerg, por isso eu ODEIO novela. Leu, Nat?

[Volto à minha tarde infame] E de repente me veio a sensação de que todos os personagens se conheciam, porque a metade estava no hospital nesse capítulo, visitando duas pessoas - y e z -, que também se conheciam. A única pessoa que estava no hospital e não conhecia a mulher internada, foi até lá conversar com a y, porque já sabia, previamente, da existência dela. Parece que a novela tem um núcleo só. Pior, pediu pro médico tirar a máscara de oxigênio da coitada, por que queria que a doente falasse com ela! OMG, quem é a doente?

Mas eu não posso criticar a idéia do mononúcleo. Há uns anos atrás, quando eu era realmente noveleira, ficava pensando o quanto seria divertida uma novela onde todo mundo se conhecesse, soubesse da vida do outro. Aí eu lembrei que já existia friends, chaves [outros] e percebi que minha idéia não era nada original, portanto, desisti de ganhar muito dinheiro e ser famosa por uma inovação na TV brasileira. É, triste, também não me renderia um Oscar.

Outra coisa que me irrita é propaganda imbecil. Pra que, Deus, pra que alguém vai querer um desodorante 48h?? Vai ser porco assim no inferno. E porque um comercial de shampoo feminino - onde o público alvo são as mulheres - mostra uma modelo balançando a bunda?? OMG, eu ainda não sou gay e as gays não necessariamente vão ter tesão por uma bundinha balançando [e denegrindo a imagem feminina, como em comercial de cerveja] nessa situação, o que poderia levar à compra do produto. Mais uma, no mesmo intervalo. "L'Oréal: porque toda mulher merece ter cabelo liso". AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH, você só pode estar me zuando. Isso é pouco preconceito né? Aliás, essa empresa tem um mega histórico; dizem que era envolvida com o nazismo e o fascismo - não duvido.

Isso pra mim foi o fim da tevê à tarde. Ainda bem que eu não resolvi esticar o programa e ver as gêmeas Olsen causando confusão na sessão da tarde.

[Mainina já foi noveleira sim e viciada em tevê. Sua irmã costuma dizer que ela tem recaídas em capítulos finais de novelas das 8h, que passam às 9h]

23 de jan. de 2009

Pequeno trecho de uma tentativa de Romance

Da janela, vejo o céu azul. Azul, bem azul com ínfimas nuvens. No varal a secar ao sol, multicoloridas roupas estendidas: camisa vermelha, vestido rosa, calcinhas amarela, roxa, branca. Em sua completude alaranjada, contrastante à inércia de tudo o mais, borboleta sobrevoa o cenário; os ramos de maracujá e trepadeiras de tomates que crescem no quintal. Os olhos são as janelas da alma. Pergunto-me apenas como adentrarei a minha própria, pois meus olhos... esses não os vejo.
Burburinho de sons ao silêncio. Ranger das roupas lavadas no tanque; chinelopas roçando no chão; palavras indecifráveis de quem fala consigo próprio; patinhas leves estalando em piso de tacos; a água que escorre e cai na poça; o zumbido do ventilador que mata a sede do calor.
Ausente é o desejo de sair da janela para adentrar nesse quarto. Prefiro ater-me aos tomates e aos maracujás ainda verdes; bichos passeando por entre as folhas, meio roídas e esburacadas. Dentro, uns poucos livros. Nenhuma literatura dessas brasileiras que emociona, exceto a trazida por mim; Angústia. Graciliano me perdoará em confessar que a leitura não me prende. Eis minha inquietude, apenas. Carrego, portanto, o volume de cima a baixo, esperando a alma sossegar.
É no quarto dele que estou. Não é no quarto dele que ele está. Sete meses se passaram. Lembro com detalhes, cada canto, cada momento aqui vivido. O mundo de 1982 pendurado na parede; alguns quadros de copos-de-leite e paisagens distantes; alguns retratos de infância; o violão encostado... ampulheta. Insuficientemente, o tempo corre. Reconheço-te nas fotografias, embora, marcada em minha memória, esteja tua face endurecida.
A caneta vai à boca sem propósito. Tanto se passa em minha mente. Mal notara as fileiras de rasgos na poltrona ao lado, a mostrar as peraltices dos nove gatos que aqui habitam. Com algum sempre cruzo; seja na cama, sesteando comigo, seja nos corredores, onde me olham com indiferença , buscando água.




Madame Schopenhauer, que hoje decidiu exorcizar do papel a péssima tentativa de escrever um romance, em viagem, salvando futuros leitores de mais um livro despropositado.

PS: Nosso espaço de comentários faz muita falta, mas o blog está lindíssimo.

21 de jan. de 2009

Velhice

Ai gente, pode isso, se sentir em crise de idade com 21 anos??
Hahaha, me sinto ridícula por me sentir velha agora, nessa idade. O que foi que eu vi hoje que me despertou essa sensação mesmo...?
Ah! Foram as várias meninas que eu vi na rua, e cada uma delas me lembrava da minha prima, agora com 11 anos, que está já uma mocinha muito linda!!! Meu, ela sempre foi uma criança pentelha, e agora num é mais... vê-la mudando tanto dá uma sensação muuuuito grande de tempo passando. Aliás, não só ela como meus outros dois primos (um vai fazer 14 em dezembro, o outrá fará 11 agora no fim do mês e ela fará 12 em junho).

Engraçado isso.
Aí eu pensei em toda minha vida... eu me formo em dois anos, grande parte dos meus amigos estão se formando e já trabalhando; algumas pessoas que conheço de Bauru estão também pra se formar neste ano, e sentirei falta delas... meu primo está trabalhando fora do país em um navio, uma amiga minha está nos EUA estudando, uma outra está pra começar a faculdade, e ainda tem uma terceira que está se envolvendo no teatro e já já estará expondo seus trabalhos... tudo muito dinâmico.

De repente, minha ficha cai.
Eu num tô ficando velha com 21 anos... é o ritmo de mudança das coisas que eu estou estranhando. Lógico que envelhecendo todos estamos!!! Desde o momento que nascemos, dããã... rs
Zoeiras com minha própria pessoa à parte, percebi porque muitos dizem que o envelhecimento está dentro da nossa cabeça: o apego excessivo às coisas do passado, o fato de nunca estar aberto para as renovações - afinal, embora as mudanças não sejam necessariamente para melhor, elas estão aí toda hora batendo em nossas portas -, uma certa falta de flexibilidade pra enxergar que as gerações seguintes com certeza terão coisas diferentes que podem ser positivas para nos acrescentar... ahh! Acho que a jovialidade reside aí, em você estar aberto para as mudanças, sem perder de vista a importância do passado que o construiu e constitui a base do hoje. Um lance de estrutura e superestrutura... (é, a dialética tá sempre no meu discurso, num tem jeito.)

[Nat]

PS: Genteeeeee, num sei o que ocorre no blog, tentei deixar comentário tb e num consegui! Será que eu consigo arrumar isso?? Vejamos...

20 de jan. de 2009

A morte da última estrofe

Algumas músicas nos cabem pela metade.

Às vezes, as pessoas me perguntam "como vai?". A gente é mulher, tem hormônio demais e acorda down. E eu quero responder assim:

"Já não sei dizer se ainda sei sentir
O meu coração já não me pertence
Já não quer mais me obedecer
Parece agora estar tão cansado quanto eu
Até pensei que era mais por não saber
Que ainda sou capaz de acreditar
Me sinto tão só
E dizem que a solidão até que me cai bem
Às vezes faço planos
Às vezes quero ir
Pra algum país distante
Voltar a ser feliz"

E se me perguntam, "quais são as novidades". Sendo mulher, tendo hormônio demais e acordando up, quero responder assim:

"Um belo dia resolvi mudar
E fazer tudo o que eu queria fazer
Me libertei daquela vida vulgar
Que eu levava estando junto à você
E em tudo o que eu faço
Existe um porquê
Eu sei que eu nasci
Sei que eu nasci pra saber
Pra saber o quê?

E fui andando sem pensar em mudar
E sem ligar pro que me aconteceu
Um belo dia vou lhe telefonar
Pra lhe dizer que aquele sonho cresceu
No ar que eu respiro
Eu sinto prazer
De ser quem eu sou
De estar onde estou"

Anyway, quando o Renato Russo escreveu a maravilhosa Maurício, e quando a Rita Lee escreveu a música dela, erraram. E erraram feio na última estrofe.

O primeiro deles diz repetidamente "eu vi você voltar pra mim". A segunda fala diversas e diversas vezes "agora só falta você" - e ainda dá título à música.

Essas músicas começam tão bem, deviam ser de uma estrofe só. Matei a última estrofe das duas músicas. Sério. A última estrofe dessas músicas não define nem um pouco as minhas contradições. Sem brincadeira.

Ouçam as onomatopéias: pow, pow. Esse é o som da morte da última estrofe de ambas as músicas.


[Nanda está brava com Renato Russo e Rita Lee. Mas já já passa.]

Aspectos funcionais do blog

Meninas, alguém conseguiu descobrir porque não podemos mais comentar no brogui? Eu andei fuçando mas não deu certo. Aliás, não dá pra visualizar quem publica, não é? Achei melhor postar perguntando...

Nat, o layout está lindo! Achei super meigo e com laço! Amei, e ainda combina com o título :P

Um beijinho na testa (a la Moço - por onde ele anda??) e outro no coração (a la Nat) de cada uma.

Ah, mudei a cor que o link fica depois de ser usado. A que estava era muito clara, na minha opinião.

[Mainina]

Um pouquinho da minha vida no interior


Porque eu gosto de amarelo.

Das flores amarelas... das árvores floridas... da cidade onde esta árvore se encontra também, sinto ligeira falta de lá.


Ai ai...

*suspiro*


[Nat, depois de mudar pela terceira vez o layout do blog e esperar pela aprovação das beauties, espera postar mais por aqui ]

18 de jan. de 2009

Baladas

A música está alta. Come on somebody, come on. Climão de balada, enquanto Elton John toca na sala. Às vezes parece que todas as introduções no pianinho são Your song, adoro. [no pianinho?]. Tirei o fone do ouvido várias vezes, vai que agora é; não era, desisti.

Set me free.

Tô com saudade de balada. Da gay, especificamente. Só lá tocam aquelas músicas, só lá eu posso dançar do meu jeito estranho - não quero pegar ninguém e ninguém deseja meu corpo (bem, mais ou menos pra essa última parte).

Estranho, eu saio, me arrumo, fico gata, arraso. Chego na balada e em 3 minutos de pista a chapinha foi pro saco, o cabelo está tocando o teto, a maquiagem borrada, pessoas dizem que você está beuda. Não tem como beijar alguém nesse estado, já desisti desse tipo de conduta. Logo, prefiro a balada gay, funciona muito melhor. Por mais que fiquem olhando a minha falta de classe, o interesse é pirar. E dos meus amigos é beijar... Ninguém empata ninguém. Afinal, em balada hetero, ter alguém frenético ao lado é muito queimar filme [coitada da Nat sexta-feira]. Na outra, todo mundo já me conhece; eu sou só a raxa louca. A raxa louca. Quem me dera, a vida tem cada coisa.

Come on somebody, come on, rescue me. Come on somebody, come on, set me free.

Sábado estou lá, certeza.

Mainina percebe, neste momento, que este fora o post mais inútil do blog. E o pior - após a indicação de um filme maravilhoso. Tudo bem, a vida tem dessas.

15 de jan. de 2009

Chega de Saudade

Chega de Saudade tem 95min e é ambientado integralmente em um baile. Tipicamente antigo, mas passado nos dias atuais, com danças animadas e músicas que se casam perfeitamente ao roteiro. Engraçado, humano e com certeza um ótimo programa cultural, o filme retrata as avenças e desavenças de vários casais de terceira idade em uma noite.

Muita dança, samba, forró, pop e muito mais, regando um elenco de muita qualidade. Presença de Elza Soares e Marku Ribas nas cantorias de palco.


Eis a minha dica.



De Madame Schopenhauer que vêm aproveitando os programas culturais de Porto Alegre e sente muita saudade dessas gurias lindas!

14 de jan. de 2009

Nó na garganta

Engraçado isso... você sabe o que é ter uma porrada de coisas pra dizer e, na hora que quer falar, nada sai?
Parece que não é aquilo exatamente, mede palavras mas a situação só piora, trava mais.
Por que será isso?
Por que, quero saber tantos porquês...
Acho que no fundo tenho uma essência extremamente pretensiosa, de querer achar respostas pra tudo, veja lá! Mesmo quando elas não necessariamente existam, ou não do jeitinho que eu quero... ora ora.
Ou não também... pode ser outra coisa.
hahaha, mais uma vez, tentando achar respostas, fazer relações possíveis...

Mas vou parando por aqui, porque isso tá mais parecendo um diálogo interno - e depois que vc assite Clube da Luta, fica com receio de diálogos internos extremamente complexos, ahauhauahuahauaha.

[A pessoa que lê a sorte de Nat está se casando hoje e não a convidou para o casamento. Bad bad person, no donut for you. Nat certamente ficaria mais animada e não escreveria seus diálogos internos no blog se tivesse festando neste momento]

10 de jan. de 2009

Saudades que eu sinto de tudo que ainda não vi...

Não sei se vocês se importam. Eu me importo por não saber bem quem sou.

Gosto de ter expectativas. Gosto de esperar, de buscar, de encontrar. Gosto de gostar. Gosto de participar, de transformar. Adoro.

Quero tantas coisas de 2009. Quero tantas coisas do resto da minha vida. Estou tão cheia de vontade de fazer tudo. Animada. Queria estar em casa, e ir a praia a noite caminhar com vocês hoje, como se fosse reveillon, já que nessa passagem, não deu...

Estou com saudades de tudo que ainda não vi, não vivi... E não postei. Mas pretendo postar, de forma um pouco mais organizada.... Vamos dar tempo ao tempo, pra eu organizar minhas idéias. Espero que consequentemente, os posts saiam menos confusos.

Vou andar por aí, de vestido vermelho, tomar um sorvete e alugar um filme. Vamos?

5 de jan. de 2009

Feliz 2009

Nessa passagem de ano, eu não sabia o que desejar. Não quero nada loucamente. Faz tempo que isso não acontece.

Embora eu esteja sem dinheiro e a primeira calcinha que vesti no ano tenha sido a rosa.

Acho que desejo me encontrar. Porque se eu pedir mais tempo, faço mais coisa e me perco mais.

É, tá bom pro começo. Depois eu vejo o que faço. Afinal, existem mais 365 dias pra isso. Ou 360º, hoje já é dia 5.


Mainina é louca e ama seus amigos.

2 de jan. de 2009

.papel de parede.


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pra começar o ano verde.

abraços

[por dee dee]