18 de dez. de 2009

dream on

não sei quem se atreve a ler isso palavras desconexas pensamentos fúteis inúteis coisas que jamais saberia explicar em palavras um sentimento de nostalgia pessimamente organizado uma angústia dói o peito das coisas feitas arrependidas das coisas não feitas sonhos não realizados pessoas vêem e vão da minha vida ilesamente e fico estática com um rombo no peito e a cabeça cheia de vazios cheia de vãos ocos doloridos lembranças fotos bilhetes cartas papeis de bombons pingentes com nomes declarações de amor eterno tudo se foi a juventude se foi a paixão se foi as ilusões se foram sem indícios de voltarem merda como eu queria sonhar como desejo a ingenuidade dos meus quatorze anos abri a maldita caixa de recordações caixa amaldiçoada de pandora me resultará em terapia intensiva atchim não to bem to fraca por dentro e por fora precisando vomitar a vida coloco coisas nos meus dias mas as pernas bambeiam pelo passado não quero equilíbrio tranqüilidade inércia preciso de fluxo de intensidade preciso acordar tenho que acordar

Madame Schopenhauer

12 de dez. de 2009

Intertextualidade

E o que a gente faz quando começa a viver por si, admitir as belezas e agruras, sofrer a dificuldade real dos buracos pelo meio do caminho... não só admitir que existem e "ver" beleza nisso.
O que é feio é feio e ponto final.
A ferida dói, lateja e muitas vezes demora pra curar.
Mas o mundo num para e o dia seguinte chega com a mesma rapidez de sempre.

Alguns enganam os outros, são bons atores;
Outros enganam a si mesmos, são bons neuróticos.
Cada um leva do jeito que dá.

Feliz e infelizmente, somos o ponto de mutação.
Tropeçar, regredir, avançar e dar grandes saltos:
Essa é a nossa dança;
A música, a batida de nossos corações.

[Nat está inspirada hoje.]