Mas se eu só achasse uma pena, as coisas se manteriam iguais. E se tem uma coisa que eu não concordo é manter práticas não-inteligentes de viver e acabar com a vida.
Esses dias me perguntaram se eu ia virar uma hippie suja que planta a própria maconha. Olha, acho que é consenso geral que eu não fumo porque não quero que o meu prazer exista em detrimento da merda do outro cara, então eu até plantaria. Certo, certo, mas e o meu consumo desenfreado? E a minha louca vontade de me sentir feliz com coisas que compro, não sei a procedência e por isso minha cabeça não pune a utilização?
Ah, que demagogia a minha.
Parei mesmo de usar celular. To tentando diminuir o meu consumo de internet, vou desfazer meu orkut de novo em breve. Também to parando de comer carne, se alguém tiver galinhas em casa eu como. E daí? Daí nada, no fim é tudo uma forma de me fazer sentir melhor sobre as coisas que eu já fiz e que vou fazer de ruim, sobre a minha habitual (e comum) falta de ética. No fim (mais um fim), eu estou buscando a felicidade em detrimento de alguma coisa ou alguém. Sempre-sempre.
O louco é que eu vim postar que estou mais feliz na faculdade; não, ainda não faço idéia do que vou fazer com ela. Mas sei que esse foi (tá quase acabando) um tempo importante no meu desenvolvimento e também dos que estão a minha volta. Tô levando mais a sério, promessa de começo de semestre. Tô me envolvendo mais com as coisas. Na verdade eu não sei se isso tudo é verdade.
É que lá no início eu também achava que estava. Talvez eu estivesse mesmo e (só me dei conta hoje) tenha perdido o gás ao longo do tempo. Muitos baques nessa vida, muitos baques. E estas também são coisas que o tempo tira (um pouco): a inocencia, os sonhos. O brilho; era o único algo que eu tinha lá no começo.
Está na hora de recomeçar. No fim, é isso que a gente mais deseja pra ser feliz: um recomeço a cada dia.
Mainina esqueceu de assinar e manda força para as amigas em crise que verá esse final de semana.