19 de jan. de 2011

Aprendendo a voar

Gostei da idéia de poder voltar a escrever aqui.
Havia me esquecido deste espaço.
*

Existem vários momentos na vida que tomamos decisões que nos libertam.
Estas mesmas decisões podem envolver perdas, mas os ganhos são significativos e, acima de tudo, necessários.

Percebo hoje que venho agindo, há muito tempo, de uma forma que não é legal comigo mesma.
Manja auto-sabotagem?
Pois é.
Acontece.
E um dia você acorda e percebe "Porra, sério?".
É... é muito séria a coisa.
Aí pensa, pensa, pensa... e bom, nem precisa pensar tanto pra ver que precisa mudar, né?!

Ok.
Optei pela mudança e mudei.
Aliás, estou mudando pois velhos hábitos ninguém perde do dia pra noite. O trabalho é árduo, exige treino e sensibilidade aguçada.
Os pequenos resultados começam a surgir e simultanemante as barreiras, a culpa, o medo, a reflexão e o passo adiante.
Talvez um passinho ou outro para trás. Mas por fim, caminha-se para frente.

E no meio deste caminho, algumas perdas. 
Infelizmente inevitáveis e um certo pesar surge afinal, tudo tem seu lado bom e seu lado ruim. E minha ingenuidade me prega peças: o lado bom sempre me seduz e tende a me fazer voltar pra trás!
Não desta vez.
Certas coisas precisam ser deixadas para trás.
E, se necessário, são.

Não tenho mais medo.

Para atualizar

Não gosto muito de como as pessoas me vêem e isso é um problema. Sempre questiono a imagem que eu passo para as pessoas e me sinto adolescente, como se a imagem fosse tão importante.

Agora que eu sou uma psicóloga formada, as coisas continuam iguais. Sempre acho que sou meio adolescente. Sempre acho que as pessoas me vêem assim. Nunca gosto.

Sempre idealiza um mundo interessante. Nunca acontece.

Saio da graduação com muito mais dúvidas; acontece sempre, ao fim de cada jornada.


Mainina escreve na antiga norma ortográfica, mantendo-se parada em instantes.